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terça-feira, 28 de junho de 2011
viva ambiental
Empresa que assumiu limpeza denunciada em Maceió
Glauco Wanderley
A empresa Viva Ambiental, que assumiu de surpresa o serviço de limpeza pública em Feira de Santana, no final de fevereiro, está sendo citada pelo Ministério Público Federal em Alagoas por envolvimento em um escândalo de corrupção que resultou em desvio de R$ 200 milhões e pode levar ao impeachment, inelegibilidade e prisão do prefeito de Maceió, Cícero Almeida.
O prefeito da capital alagoana foi denunciado ontem pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares. A denúncia acusa o gestor de participar de “um conjunto de fraudes em licitações e contratos irregulares, entre os anos de 2005 e 2008, que terminaram desviando algo em torno de R$ 200 milhões do município para empresas de recolhimento de lixo”.
CONTRATAÇÃO EMERGENCIAL
Tal como ocorreu em Feira de Santana, a Viva Ambiental assumiu em Maceió através de contratação emergencial. Recebeu pelo contrato um valor de R$ 10,8 milhões, que segundo reportagem publicada hoje no UOL, é bem mais do que o que se pagava à empresa que prestava serviço anteriormente. Seis meses depois, o valor pago à Viva já subia para R$ 15 milhões.
Isto ocorreu em 2005 e graças a sucessivas prorrogações de contrato, a prestadora de serviços se mantém até hoje. Numa das renovações, houve simulação de concorrência, com proposta de uma certa Trópicos, empresa dos mesmos donos da Viva. Até o endereço as empresas compartilham.
O Ministério Público começou a investigar o caso após denúncia de um vereador. Foram quatro anos de investigação. Entre as constatações, o crescimento vertiginoso da Viva. “Antes ela era uma empresa pequena e atuava em apenas três pequenos municípios”, diz o processo. Eram Caucaia, no Ceará, Parnaíba, no Piauí e Madre de Deus, na Bahia.
DENUNCIADOS
Além do prefeito, foram denunciados em Maceió o ex-secretário municipal de Finanças, Fernando Dacal; o ex-superintendente municipal de Limpeza Urbana, João Vilela; e o empresário Lucas Queiroz Abud, proprietário da Viva Ambiental.
O prefeito e os demais envolvidos já eram alvo de ação civil pública, desde dezembro de 2010, que pediu – entre outras coisas - a cassação do prefeito e o ressarcimento ao erário do valor desviado.
A ação prevê enquadramento do prefeito com base na lei de licitações e no Código Penal Brasileiro. Se condenado, Cícero Almeida poderá ficar impossibilitado de exercer cargo público por cinco anos e ser preso por até 15 anos.
fonte-http://www.diafeira.com/noticia/5420/empresa+que+assumiu+limpeza+denunciada+em+maceio
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